No próximo sábado, dia 5 de fevereiro de 2011, às 20h, no Restaurante Panorama (Rua João Lira, 95/19ºandar/Leblon), poderemos curtir uma apresentação, que promete ser bela e agradável, com alguns dos meus alunos de canto.
O Grupo cênico-musical Eco do Santa Marta também estará presente.
Meu Diablog nº4 homenageia o cantar!
CANTIGA PARA MÁRIO QUINTANA (Paulo Mendes Campos)
Sei lá eu por que eu canto!
Nem sei se é canto... ou espanto...
Talvez cante sem querer...
Talvez pra ver... ou não ver...
Pra lembrar... ou esquecer...
Ou viver... ou reviver...
Eu não tenho o que fazer!
CANTO (poema de Sílvio Ribeiro de Castro, musicado por Vera Versiani)
Canto quando o sol me aquece
ou quando nada faz sentido.
Quando encontro o meu caminho
ou quando me sinto perdido.
Quando estou amando,
quando o amor me esquece.
Quando sonho tanto
e nada me acontece.
Canto quando a solidão me acorda
ou quando tudo é festa.
Quando o meu peito transborda
ou quando nada me resta.
Quando estou no fundo,
quando me salva a sorte.
Quando me perco no mundo
pra não pensar na morte.
Canto e nem sei por que canto
entre lágrimas e risos,
Canto de tanto espanto
pra não perder o juízo.
Acesse o link
https://dl.dropbox.com/u/19274987/canto%40.mp3
para escutar a gravação de "Canto".
Voz: Vera Versiani
Violões: Vera Versiani e Theo de Oliveira
INSTRUÇÕES PARA CANTAR (de "Manual de Instruções" de Julio Cortázar):
Comece por quebrar os espelhos de sua casa, deixe cair os braços, olhe vagamente a parede, esqueça. Cante uma nota só, escute por dentro. Se ouvir (mas isto acontecerá muito depois) algo como uma paisagem afundada no medo, com fogueiras entre as pedras, com silhuetas seminuas de cócoras, acho que estará bem encaminhado, e do mesmo modo se ouvir um rio por onde descem barcos pintados de amarelo e preto, se ouvir um gosto de pão, um tato de dedos, uma sombra de cavalo.
Depois compre cadernos de solfejo e uma casaca e por favor não cante pelo nariz e deixe Schumann em paz.
Esse trecho que vc escreveu aí em cima está ótimo. A poesia (eu já conhecia) e é linda, mas o texto (um pouco non-sense!) é imperdível!
ResponderExcluirBjos, Te
Oi Verinha, estou aqui, e não sumi não!!!!!!!
ResponderExcluirEstar no seu Blog, é um privilégio onde posso beber um pouquinho da sua sensibilidade de Poeta, de sua música, e de grande mestra!
Beijos