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segunda-feira, 14 de abril de 2014
Ao vento
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Ao vento
Bem que eu poderia aceitar
todos os verbos e silêncios descabidos
para me manter em trincheiras sóbrias
de vazios e destroços corrosivos
mas me acendo no ouro
exuberante e aflito desta tarde
e com meus olhos voltados para o mar
sigo embalando contente o horizonte
para brindar com Deus o viço deste mundo
mas Ele insiste na costumeira esquiva tola
de neblinas e circunstâncias fugidias
sem contar que não perderia tempo com poetas
muito menos comigo
eu e minhas poucas rezas num mar de quinquilharias
Vera Versiani
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